PROFESSORA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL SE APOSENTA DEPOIS DE 22 ANOS DE PREFEITURA

PROFESSORA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL SE APOSENTA DEPOIS DE 22 ANOS DE PREFEITURA

Gláucia Maria Paiva Cunha começou a lecionar aos 17 anos, tinha sonhos. “Hoje, a mulher de 51 também tem”. Foi assim que a professora iniciou sua despedida na Secretaria de Educação quando foi comunicada de sua aposentadoria

Terça-feira, 19, foi o seu primeiro dia como aposentada. Professora da educação especial, ingressou na rede municipal em agosto de 2001. Antes, a docente passou pela escola particular Dinâmica, atuou como psicopedagoga na cidade de Jacareí, lecionou na APAE de São José dos Campos, até que ser aprovada em  concurso público na Prefeitura de Taubaté.

Iniciou aqui na cidade como professora PI, já que à época não existia concurso para professor especialista. Sua experiência fez com que fosse indicada a trabalhar no Programa Integrativa, sua primeira experiência com crianças com dificuldades intelectuais de escolas municipais. Sete anos depois, no primeiro processo seletivo específico para professor especialista, foi aprovada em primeiro lugar.

Gláucia Cunha lecionou em três escolas em Taubaté, entre as quais na Escola Madre Cecília, onde ficou por 12 anos

“Eu olho para trás e só tenho uma palavra: gratidão. Eu aprendi muito a ter paciência, entendimento de que nem tudo sai como planejamos e que depende de muitas esferas. Uma ação em um órgão público é preciso de algumas adaptações. A gente acaba entendendo que o que podemos fazer para as crianças, principalmente, as que eu atendia, dependia muito de mim. Percebi que escolhi ser professora especialista, mas a criança com deficiência não escolheu”.

Gláucia esteve na maior parte do tempo, “por opção e amor”, dentro de salas de aulas. Já que considerava que “às vezes, você é a única chance daquela criança se desenvolver. Você não atende só o aluno, você entra na casa dele e acaba até participando da dinâmica familiar”.

PSICOPEDAGOGIA

Agora, a professora pensa em descansar e vai se mudar para Francisco Beltrão, no Paraná. Lá irá se juntar ao marido que já reside no sul. Está aberta a novas possibilidades. A todas, principalmente às ligadas a psicopedagogia, autismo e trabalho com idosos.



Pular para o conteúdo